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Na era da supermedicação e da negação do sofrimento, a gente deveria sempre se lembrar que A erva cura,O aroma cura, A massagem cura, O humor cura, O amor cura, A fres cura, A brancura, E, principalmente, a lou cura!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Este é outro artigo sobre desenvolvimento de um dos 4 elementos essenciais à vida. Parece que este blog é especialista no assunto. Sendo assim, vale a pena ver suas outras publicações.



A terra é a base na vida comum. Na visão de mundo xamanista, ela é geralmente o centro de tudo e fica no centro da mandala, tanto nas representações gráficas quanto na experiência (no tantra e no Dzogchen, o espaço é considerado a base e o centro).

Quase todas as qualidades elementares da terra podem ser compreendidas intuitivamente: pesada, sólida, ligada, segura. A terra tem gravidade. Ela pode ser rica e fértil quando em harmonia com os outros elementos – quando há suficiente calor, umidade e ar de boa qualidade. Ela também pode ser fria e intolerável quando não há bastante calor, árida e escabrosa quando a água é pouca, chocha e sem vida quando há pouco ar.
Quando a terra está equilibrada em nós, sentimo-nos estáveis, firmes e confiantes. Não nos sentimos pesados nem aéreos demais. Estamos enraizados na nossa experiência. Não perdemos facilmente o equilíbrio e nem deixamos de estar em contato com o que é importante. Quando sabemos uma coisa, não perdemos esse conhecimento. Nossa convicção é firme. Nossas intenções não são varridas pelo impulso e nossos esforços são sistemáticos. Somos responsáveis e nos firmamos sobre os nossos pés. A dimensão mais elevada dessa qualidade é estar ancorado em puro ser.
Quando há terra demais, somos monótonos, sem graça, lentos e apagados. Sólidos demais. Incapazes de nos mover. Nosso pensamento é pesado, literal e sem criatividade. O excesso de terra pode nos deixar deprimidos, empacados ou resignados – na carreira, nos relacionamentos ou nas práticas espirituais. Fica difícil provocar uma mudança; nós nos identificamos com os problemas e eles parecem muito sólidos. Dormimos muito. Tentamos meditar mas cochilamos. Depois, temos dificuldade para lembrar dos sonhos todos – ou não lembramos de nenhum.
O excesso de terra pode nos deixar insensíveis e sem inspiração. Quando a terra é demais, ficamos calados o tempo todo ou, quando começamos a falar, não conseguimos parar. Os atrasos constantes e o excesso de pontualidade também podem ser expressões do elemento terra. Tradicionalmente, o aspecto negativo da terra é a ignorância.
Quando a terra é escassa, ficamos sem âncora. Somos inconstantes, desorientados ou agitados. Incapazes de concluir o que começamos, não temos firmeza e somos insatisfeitos. Nunca nos sentimos em casa: estamos sempre procurando o que nos dê firmeza e segurança.
Quando temos falta de terra, podemos nos firmar, ou nos ancorar, de diferentes maneiras. Além de fazer os exercícios descritos mais adiante no livro, podemos usar outras abordagens. Por exemplo, uma casa segura, um relacionamento saudável ou um emprego sólido podem gerar o senso de firmeza. Essas correções da situação externa podem ser apropriadas em determinadas situações. Quando a segurança é desenvolvida externamente, o senso de estabilidade pode funcionar como uma base sobre a qual desenvolver qualidades internas positivas. Em geral, é melhor encontrar a qualidade positiva dentro de nós e depois manifestá-la externamente mas, às vezes, inverter a seqüência pode ajudar.
Quando nos identificamos com entidades físicas e substanciais, procuramos naturalmente nos ancorar em condições externas substanciais. Quando nos identificamos como seres energéticos, procuramos nos ancorar em nossos sentimentos. Quando nos identificamos com a consciência pura, encontramos o chão na natureza na mente. A mente densa sente estabilidade na terra sólida; a consciência mais sutil e impessoal se ancora no espaço.
Na prática da meditação, o equilíbrio do elemento terra é um apoio importante e necessário. Até mesmo nas práticas mais elevadas, como as do vazio no sutra ou Trekchöd no Dzogchen, são recomendadas práticas de concentração que desenvolvem as qualidades da terra e a estabilidade mental. A mente precisa ser estável para progredir no caminho da meditação, e essa estabilidade se desenvolve a partir do fortalecimento do elemento terra.
Dizem os ensinamentos que as pessoas que são predominantemente fogo e ar têm experiências espirituais rapidamente, mas é também rapidamente que se perdem. Pessoas que são predominantemente terra e água podem demorar mais a ter as experiências mas, quando as têm, conseguem sustentá-las e desenvolvê-las. Com isso, acabam se desenvolvendo mais rápido.
Se você está sem firmeza em sua prática de meditação, desenvolva a qualidade da terra desenvolvendo a concentração. Pratique a estabilidade da mente e do corpo. Coma alimentos mais pesados e evite os estimulantes. Exercite-se. Em geral, já sabemos o que fazer para corrigir os problemas em nossa prática, mas não fazemos. Obrigar-nos a fazer o que é melhor é uma maneira de desenvolver a consistência do elemento terra.
Quando a estabilidade da mente é desenvolvida por meio da concentração, o movimento indesejável da mente fica mais lento e pára. A experiência é clara e firme no silêncio, e não cheia de pensamentos agitados. As luzes e as cores são mais nítidas. Se já fomos apresentados à natureza da mente, fica mais fácil continuar no estado natural e integrar a prática a todas as atividades. A atenção se torna fácil e pode ser mantida ao longo do dia e, finalmente, durante a noite. Quando a mente é estável, a introvisão surge naturalmente. Este é o despertar da mente. Não é concentração, mas um nível superior de prática que vem da estabilidade mental.
Quando há terra demais, a abordagem é bem diferente. Coma alimentos mais leves e procure evitar a exaustão. Pratique a flexibilidade em seu modo de pensar. Recorra às qualidades elementares de ar e fogo para gerar flexibilidade, criatividade e vivacidade.
Quando o elemento terra está plenamente desenvolvido na prática espiritual, ele se torna a sabedoria da equanimidade. Esta é a faculdade espiritual mais elevada da terra, que permite ao praticante ser firme e constante em qualquer situação, por mais extrema que possa ser, e reconhecer a consciência inata luminosa comum a todas as experiências.
- Extraído do livro: A Cura através da Forma, da Energia e da Luz, de Tenzin Wangyal Rinpoche
Leia mais: http://zephyrus.blog.br/2008/02/29/os-4-elementos-terra/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



O elemento Terra é o mais denso de todos, aquele que está mais ligado ao mundo físico. Este elemento é feminino e está associado ao crescimento, é a base da matéria, as raízes que sustentam o nosso corpo. Os rituais que tenham a ver com prosperidade, crescimento de qualquer ordem, estabilidade ou crianças deverão ter como elemento predominante a Terra.



Está também relacionado ao ponto cardeal Norte, ao Arcanjo Uriel, às cores verde e castanho, ao Disco utilizado no altar e ao Sal, os elementais são os gnomos, os duende e os trolles, a carta de Tarot é a Imperatriz, a sephira Malkut, a árvore o freixo e o chakra o Raíz (vermelho). O animal que representa este elemento é o Touro.


Estarmos ligados à Terra é de uma importância vital, uma vez que sem esta ligação as nossas raízes apodrecem, não alimentamos as nossas energia para as actividades do dia-a-dia, somos considerados aéreos pelos outros, somos inseguros, as nossas energias ficam dispersas, podemos ter sensações de assombramentos e ainda sentimo-nos sós.


O símbolo alquímico do triângulo invertido com um traço ao meio, representando a Terra, pode ser utilizado para uma meditação de ligação com o elemento onde a visualização deste símbolo nos leva ao reino do elemento e lá encontraremos a nossa ligação, ou também pode ser utilizado o Touro. Porém, no dia-a-dia podemos realizar algumas actividades mais simples para recarregarmos este elemento, como por exemplo, dançar ou tocar tambores, ouvir sons de repercussão, tratar de animais domésticos ou de jardins ou tocar na terra, de verdade ou apenas mentalmente.


A nossa alimentação também pode incluir alimentos específicos para esse efeito, assim, a batata, a cenoura, o nabo, o milho, a abóbora, a carne vermelha, as sementes, o pão, a massa, o sal e as romãs, são alguns dos alimentos que carregam a energia da Terra necessárias para o nosso organismo.


Seja qual for a acção que escolhamos para nos ligar ao elemento Terra, não nos podemos esquecer de verificar sempre se estamos ou não com falta dele, pois um excesso de Terra também não será prudente. Eu costumo utilizar o mapa astral para contabilizar os elementos que tenho em excesso ou em falta, depois no dia-a-dia vou verificando como me sinto e sempre que estou dispersa, sem concentração, ou a sentir-me isolada, já sei que as minhas baterias estão fracas relativamente a este elemento e faço o que sinto necessário para remediar a situação.






Num dia de Marte e de Samael, de São Calisto e de São Gaudêncio


fonte: http://grimoiredomago.blogspot.com/2008/10/o-elemento-terra.html

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O respeito e a culpa

Respeite sua própria voz


Lembre-se de sua unicidade. Aceite-se, respeite-se, respeite sua própria voz; escute-a e siga-a.

É melhor ir para o inferno seguindo sua voz que ir para o céu seguindo a voz do outro, pois esse céu não será lá grande coisa. Você será apenas um seguidor cego.
Respeite a si mesmo e respeite os outros também. Só essa simples mudança em sua atitude pode provocar uma revolução radical, pode transformar todo o seu ser.

Osho, em "Meditações Para o Dia"


Todas as coisas acontecem juntas.

Quando você se sentir menos culpado, imediatamente começará a se sentir mais feliz. Quando você se sentir mais feliz, passará a se sentir menos em conflito, mais harmonioso — integrado. Quando você se sentir integrado e mais harmonioso, subitamente sentirá uma certa graça circundando-o.
Essas coisas funcionam como uma reação em cadeia: uma começa a outra, esta começa uma outra, e elas seguem se espalhando.
Sentir-se menos culpado é muito importante. A humanidade toda foi induzida a se sentir culpada — séculos de condicionamento, sendo orientada a fazer isso e a não fazer aquilo.
E não somente isso, mas as pessoas foram coagidas ao lhes dizerem que, se elas fizessem algo não permitido pela sociedade ou pela igreja, seriam pecadoras. Se elas fizessem algo que fosse apreciado pela sociedade e pela igreja, então elas seriam santas.
Dessa maneira, todos são enganados para fazerem coisas que a sociedade deseja que eles façam e para não fazerem o que a sociedade não deseja que eles façam. Ninguém se importa se o que você faz ou deixa de fazer tem ou não a ver com você, ninguém se importa com o indivíduo.
Penetre em uma nova luz, em uma nova consciência, na qual você possa se livrar da culpa. E, então, muito mais coisas seguirão.

Osho, em "Meditações Para o Dia"