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Na era da supermedicação e da negação do sofrimento, a gente deveria sempre se lembrar que A erva cura,O aroma cura, A massagem cura, O humor cura, O amor cura, A fres cura, A brancura, E, principalmente, a lou cura!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acho que era início de setembro de 2006. Fim de um namoro, problemas em casa, trabalho muitíssimo cansativo. Trabalhava na prefeitura e me foi feito o contive de auxiliar um dos cursos que iriam ser ofertados em um evento sobre direitos humanos. Eu iria ganhar uma folga por isto! Eu iria ajudar na oficina de musicoterapia para crianças que sofreram abuso, iria ajudar a Jô Costa, musicoterapêuta do CEDECA-Bahia.
Minha experiência com ela foi inesquecível. Tivemos dois dias para nos conhecer. Ela era superjovem,tinha uma filhinha de 4 anos e um mundo de experiências, ela era audaciosa, brincalhona, cantava em toda hora vaga. Falava na "Cacá"(como ela chamava a filha) e no marido com muito carinho. Me apaixonei por ela. Eu e todo mundo....hehe
  
Infelizmente ela estava no avião que o Legaci derrubou (e cujos pilotos norte americanos JAMAIS foram penalizados. Um nojo).
 Lembro dela desde então. De forma especial, lembro da sua cantoria, da sua audácia (quando falava nas experiências que teve que enfrentar) e do amor que ela tinha pela vida. Lembro dela sempre que desejo ser uma pessoa melhor, uma profissional melhor.
Ainda lembro dela cantarolando...E de alguns conselhos que me deu....


Ela não era minha amiga. Não deu tempo.Mas Deus quis que eu a conhecesse antes que ela pudesse partir.
Há um poema que ela gostava que eu desejo compartilhar.

VIVER NÃO DÓI


Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.Por que sofremos tanto por amor?O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecidouma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer  pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada  em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras  nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!



A cada dia que vivo,  mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.


A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.


Carlos Drummond de Andrade



Namastê, Jô.
Com carinho,
Sicília

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Este é outro artigo sobre desenvolvimento de um dos 4 elementos essenciais à vida. Parece que este blog é especialista no assunto. Sendo assim, vale a pena ver suas outras publicações.



A terra é a base na vida comum. Na visão de mundo xamanista, ela é geralmente o centro de tudo e fica no centro da mandala, tanto nas representações gráficas quanto na experiência (no tantra e no Dzogchen, o espaço é considerado a base e o centro).

Quase todas as qualidades elementares da terra podem ser compreendidas intuitivamente: pesada, sólida, ligada, segura. A terra tem gravidade. Ela pode ser rica e fértil quando em harmonia com os outros elementos – quando há suficiente calor, umidade e ar de boa qualidade. Ela também pode ser fria e intolerável quando não há bastante calor, árida e escabrosa quando a água é pouca, chocha e sem vida quando há pouco ar.
Quando a terra está equilibrada em nós, sentimo-nos estáveis, firmes e confiantes. Não nos sentimos pesados nem aéreos demais. Estamos enraizados na nossa experiência. Não perdemos facilmente o equilíbrio e nem deixamos de estar em contato com o que é importante. Quando sabemos uma coisa, não perdemos esse conhecimento. Nossa convicção é firme. Nossas intenções não são varridas pelo impulso e nossos esforços são sistemáticos. Somos responsáveis e nos firmamos sobre os nossos pés. A dimensão mais elevada dessa qualidade é estar ancorado em puro ser.
Quando há terra demais, somos monótonos, sem graça, lentos e apagados. Sólidos demais. Incapazes de nos mover. Nosso pensamento é pesado, literal e sem criatividade. O excesso de terra pode nos deixar deprimidos, empacados ou resignados – na carreira, nos relacionamentos ou nas práticas espirituais. Fica difícil provocar uma mudança; nós nos identificamos com os problemas e eles parecem muito sólidos. Dormimos muito. Tentamos meditar mas cochilamos. Depois, temos dificuldade para lembrar dos sonhos todos – ou não lembramos de nenhum.
O excesso de terra pode nos deixar insensíveis e sem inspiração. Quando a terra é demais, ficamos calados o tempo todo ou, quando começamos a falar, não conseguimos parar. Os atrasos constantes e o excesso de pontualidade também podem ser expressões do elemento terra. Tradicionalmente, o aspecto negativo da terra é a ignorância.
Quando a terra é escassa, ficamos sem âncora. Somos inconstantes, desorientados ou agitados. Incapazes de concluir o que começamos, não temos firmeza e somos insatisfeitos. Nunca nos sentimos em casa: estamos sempre procurando o que nos dê firmeza e segurança.
Quando temos falta de terra, podemos nos firmar, ou nos ancorar, de diferentes maneiras. Além de fazer os exercícios descritos mais adiante no livro, podemos usar outras abordagens. Por exemplo, uma casa segura, um relacionamento saudável ou um emprego sólido podem gerar o senso de firmeza. Essas correções da situação externa podem ser apropriadas em determinadas situações. Quando a segurança é desenvolvida externamente, o senso de estabilidade pode funcionar como uma base sobre a qual desenvolver qualidades internas positivas. Em geral, é melhor encontrar a qualidade positiva dentro de nós e depois manifestá-la externamente mas, às vezes, inverter a seqüência pode ajudar.
Quando nos identificamos com entidades físicas e substanciais, procuramos naturalmente nos ancorar em condições externas substanciais. Quando nos identificamos como seres energéticos, procuramos nos ancorar em nossos sentimentos. Quando nos identificamos com a consciência pura, encontramos o chão na natureza na mente. A mente densa sente estabilidade na terra sólida; a consciência mais sutil e impessoal se ancora no espaço.
Na prática da meditação, o equilíbrio do elemento terra é um apoio importante e necessário. Até mesmo nas práticas mais elevadas, como as do vazio no sutra ou Trekchöd no Dzogchen, são recomendadas práticas de concentração que desenvolvem as qualidades da terra e a estabilidade mental. A mente precisa ser estável para progredir no caminho da meditação, e essa estabilidade se desenvolve a partir do fortalecimento do elemento terra.
Dizem os ensinamentos que as pessoas que são predominantemente fogo e ar têm experiências espirituais rapidamente, mas é também rapidamente que se perdem. Pessoas que são predominantemente terra e água podem demorar mais a ter as experiências mas, quando as têm, conseguem sustentá-las e desenvolvê-las. Com isso, acabam se desenvolvendo mais rápido.
Se você está sem firmeza em sua prática de meditação, desenvolva a qualidade da terra desenvolvendo a concentração. Pratique a estabilidade da mente e do corpo. Coma alimentos mais pesados e evite os estimulantes. Exercite-se. Em geral, já sabemos o que fazer para corrigir os problemas em nossa prática, mas não fazemos. Obrigar-nos a fazer o que é melhor é uma maneira de desenvolver a consistência do elemento terra.
Quando a estabilidade da mente é desenvolvida por meio da concentração, o movimento indesejável da mente fica mais lento e pára. A experiência é clara e firme no silêncio, e não cheia de pensamentos agitados. As luzes e as cores são mais nítidas. Se já fomos apresentados à natureza da mente, fica mais fácil continuar no estado natural e integrar a prática a todas as atividades. A atenção se torna fácil e pode ser mantida ao longo do dia e, finalmente, durante a noite. Quando a mente é estável, a introvisão surge naturalmente. Este é o despertar da mente. Não é concentração, mas um nível superior de prática que vem da estabilidade mental.
Quando há terra demais, a abordagem é bem diferente. Coma alimentos mais leves e procure evitar a exaustão. Pratique a flexibilidade em seu modo de pensar. Recorra às qualidades elementares de ar e fogo para gerar flexibilidade, criatividade e vivacidade.
Quando o elemento terra está plenamente desenvolvido na prática espiritual, ele se torna a sabedoria da equanimidade. Esta é a faculdade espiritual mais elevada da terra, que permite ao praticante ser firme e constante em qualquer situação, por mais extrema que possa ser, e reconhecer a consciência inata luminosa comum a todas as experiências.
- Extraído do livro: A Cura através da Forma, da Energia e da Luz, de Tenzin Wangyal Rinpoche
Leia mais: http://zephyrus.blog.br/2008/02/29/os-4-elementos-terra/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



O elemento Terra é o mais denso de todos, aquele que está mais ligado ao mundo físico. Este elemento é feminino e está associado ao crescimento, é a base da matéria, as raízes que sustentam o nosso corpo. Os rituais que tenham a ver com prosperidade, crescimento de qualquer ordem, estabilidade ou crianças deverão ter como elemento predominante a Terra.



Está também relacionado ao ponto cardeal Norte, ao Arcanjo Uriel, às cores verde e castanho, ao Disco utilizado no altar e ao Sal, os elementais são os gnomos, os duende e os trolles, a carta de Tarot é a Imperatriz, a sephira Malkut, a árvore o freixo e o chakra o Raíz (vermelho). O animal que representa este elemento é o Touro.


Estarmos ligados à Terra é de uma importância vital, uma vez que sem esta ligação as nossas raízes apodrecem, não alimentamos as nossas energia para as actividades do dia-a-dia, somos considerados aéreos pelos outros, somos inseguros, as nossas energias ficam dispersas, podemos ter sensações de assombramentos e ainda sentimo-nos sós.


O símbolo alquímico do triângulo invertido com um traço ao meio, representando a Terra, pode ser utilizado para uma meditação de ligação com o elemento onde a visualização deste símbolo nos leva ao reino do elemento e lá encontraremos a nossa ligação, ou também pode ser utilizado o Touro. Porém, no dia-a-dia podemos realizar algumas actividades mais simples para recarregarmos este elemento, como por exemplo, dançar ou tocar tambores, ouvir sons de repercussão, tratar de animais domésticos ou de jardins ou tocar na terra, de verdade ou apenas mentalmente.


A nossa alimentação também pode incluir alimentos específicos para esse efeito, assim, a batata, a cenoura, o nabo, o milho, a abóbora, a carne vermelha, as sementes, o pão, a massa, o sal e as romãs, são alguns dos alimentos que carregam a energia da Terra necessárias para o nosso organismo.


Seja qual for a acção que escolhamos para nos ligar ao elemento Terra, não nos podemos esquecer de verificar sempre se estamos ou não com falta dele, pois um excesso de Terra também não será prudente. Eu costumo utilizar o mapa astral para contabilizar os elementos que tenho em excesso ou em falta, depois no dia-a-dia vou verificando como me sinto e sempre que estou dispersa, sem concentração, ou a sentir-me isolada, já sei que as minhas baterias estão fracas relativamente a este elemento e faço o que sinto necessário para remediar a situação.






Num dia de Marte e de Samael, de São Calisto e de São Gaudêncio


fonte: http://grimoiredomago.blogspot.com/2008/10/o-elemento-terra.html

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O respeito e a culpa

Respeite sua própria voz


Lembre-se de sua unicidade. Aceite-se, respeite-se, respeite sua própria voz; escute-a e siga-a.

É melhor ir para o inferno seguindo sua voz que ir para o céu seguindo a voz do outro, pois esse céu não será lá grande coisa. Você será apenas um seguidor cego.
Respeite a si mesmo e respeite os outros também. Só essa simples mudança em sua atitude pode provocar uma revolução radical, pode transformar todo o seu ser.

Osho, em "Meditações Para o Dia"


Todas as coisas acontecem juntas.

Quando você se sentir menos culpado, imediatamente começará a se sentir mais feliz. Quando você se sentir mais feliz, passará a se sentir menos em conflito, mais harmonioso — integrado. Quando você se sentir integrado e mais harmonioso, subitamente sentirá uma certa graça circundando-o.
Essas coisas funcionam como uma reação em cadeia: uma começa a outra, esta começa uma outra, e elas seguem se espalhando.
Sentir-se menos culpado é muito importante. A humanidade toda foi induzida a se sentir culpada — séculos de condicionamento, sendo orientada a fazer isso e a não fazer aquilo.
E não somente isso, mas as pessoas foram coagidas ao lhes dizerem que, se elas fizessem algo não permitido pela sociedade ou pela igreja, seriam pecadoras. Se elas fizessem algo que fosse apreciado pela sociedade e pela igreja, então elas seriam santas.
Dessa maneira, todos são enganados para fazerem coisas que a sociedade deseja que eles façam e para não fazerem o que a sociedade não deseja que eles façam. Ninguém se importa se o que você faz ou deixa de fazer tem ou não a ver com você, ninguém se importa com o indivíduo.
Penetre em uma nova luz, em uma nova consciência, na qual você possa se livrar da culpa. E, então, muito mais coisas seguirão.

Osho, em "Meditações Para o Dia"

terça-feira, 20 de julho de 2010

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." (Nietzsche)

"Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro."Carl Jung

domingo, 4 de julho de 2010

Dicas para viver melhor

Dica n°0: Antes de tudo, aprender a escutar o próprio coração, integrá-lo a sua intelectualidade (ele já estáintegrado, mas pode receber ainda a aceitação de sua integração) e ao resto de sua existência, aprender a escutar sua música interior e ter uma vida mais bailarina, flexível, amorosa, plena (alegrias e tristezas...)...Enfim, aprender a ser o que se é, mesmo que tenha que perverter as regras seguintes  que eu vou citar;)

A bagunça é inimiga da prosperidade. Ninguém está livre da desorganização. A bagunça forma-se sem que se perceba e nem sempre é visível.

Todos nós sosmos feitos da mesma matéria que o cosmos, mas nossa "vida", da forma como é, épossível devido a maneira como conseguiu se organizar. Ás vezes uma organização exterior organiza o interior que é uma beleza!
A sala parece em ordem, a cozinha também, mas basta abrir os armários para ver que estão cheios de inutilidades. Não usa, então porque comprou? Se já tá comprado, mas não usa, então não seria mais interessante que outra pessoa possa fazer uso dele? Consumismo faz mal ao meio ambiente,as formas de relação com o outro e consigo. Que tal adquirir bem imateriais e sem preço? Uma viagem...um show...um pôr-do-sol...um nascer do sol(!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)..etc etc


Então faça o seguinte:



1. Jogue fora o jornal de anteontem, a roupa não usada há 1 ano....e tudo aquilo que tiver valor equivalente(a gente sabe quais são);

2. Somente coloque uma coisa nova em casa quando se livrar de uma velha (realmente for usar a nova).

Em tempo: aprendi a duras penas não gastar meu suado dinheirinho com grife, mas também, a não jogá-lo noralo com promoções que não valem a pena! Compre para fazer durar. Nem que custe um tanto a mais que outro produto, se vai durar, se ficou bem em você ou na sua casa pode valer mais a pena!

3. Mantenha o ambiente arejado, limpo e sem entulhos. A alma da gente fica parecendo que está do mesmo jeito!

4. Guarde coisas semelhantes juntas – arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só com as que utiliza mesmo.

5. Toda sexta-feira é dia de jogar papel fora (pois é, se vc for como eu a faxina profunda tem que ser semanal mesmo).


6. Todo dia 30 de cada mês faça uma limpeza geral e use caixas de papelão marcadas com etiquetas: lixo, consertos, reciclagem, em dúvida, presentes, doação. Após enchê-las, jogue fora o lixo.

7. Organize devagar, comece por gavetas e armários e depois escolha um cômodo, faça tudo no seu ritmo e observe as mudanças acontecendo na sua vida.

8. Veja uma lista de atitudes pessoais capazes de esgotar as nossas energias. Conheça cada dessas ações para evitar a chamada crise energética pessoal.



Livre-se dos maus hábitos, eles podem até adoecer!



Maus hábitos: falta de cuidado com o corpo, não se preservar, não priorizar descanso, não cuidar da boa alimentação, não buscar cultivar hábitos saudáveis, não fazer exercícios físicos e deixar o lazer sempre em segundo plano não dá.

Se cuide
Se preserve
Descanse
Se alimente bem
Cultive hábitos saudáveis
Faça exercícios físicos de que goste
Planeje e execute seu lazer
e ame.


Memento mori, Carpe diem!


terça-feira, 18 de maio de 2010

De blog como serviço de utilidade pública à confessionário, quase um diário...tenho saudades de quando sentava na calçada, todo dia, à tardinha. A vizinha fazia o mesmo. Corria atrás de sapinhos no inverno...no meio da rua. Andava de bicicletaaaa...sem mãos, descendo a ladeira, media meus limites, sentia o vento no rosto e vida batendo em meu coração. Saudades da infância...sem querer voltar pra ela, mas...saudades.
Tanta coisa não foi como eu imaginei, nem eu fui, graças a Deus! As vezes eu acho que assisto muito a vida passar, daí fico impressionada e paralisada. Não dá pra viver assim. Pelo menos essa mania me fez acreditar mais em Deus. Impossivel Deus não existir! É só olhar pra grandeza do céu e pra grandeza do mistério da vida de que a gente é feito. Não posso acreditar em outra coisa: Deus existe, sim. E deve ser um "cara" muito curioso...Será homem?
Sei que se Ele existe deve ser amoroso, engraçado, inteligente, gente fina...tudo de bom. Esse foi o Deus que eu criei, tá! Continuando...No meio de tanta gente cética, eu fico até meio sem jeito por me importar com Deus, sabe. écomo se a gente devesse acreditar só pra fazer cena em alguns momentos de relevancia social, sabe...espontaneamente montamos uma esquete e...casamos...batizamos...assistimos à missa...coisa do tipo. Acabou a peça, acabou o papo. Se vier falar de Deus depois..."Se liga, a ceninha acabou! Eu hein! Sem noçãoooo".
Resolvi não falar muito disso, pra não criar polêmica e me chatear. Até porque vou ter que explicar que não acrdito bem muuito em Deus porque um padre ou pastor me convenceu (É pq é convenção acreditar que  vc só pode ter muita fé se alguém tiver feito lavagem cerebral em você!). E ninguém me convenceu. Aliás, nem de religião eu gosto. Esse povo todo só quer ser Deus. Se puderem pisam uns nos outros,matam, exploram, oprimem, humilham, acusam, excluem...Tem sidouma decepção pra mim. Pouca gente se salva, considerando o número de gente que frequenta as igrejas.
Prefiro fazer minha oração sozinha. Esquecer um pouco o terço, ensinado pela minha mãe, e fazer do meu trabalho uma oração. "Uma forma de amar e de ajudar o mundo a ser melhor", como disse Thiago de Mello, em relação ao trabalho de Paulo Freire.
Essa é também uma forma de compensar meu afastamento daquele mundo de orações que foi para mim a infância. Não sinto mais o vento no rosto, trazido pelos passeios de bicicleta, mas posso ver outra pessoa crescer, luminosa e bonita. Isso minha saudosa infância não viveu.

domingo, 16 de maio de 2010

THE ROAD NOT TAKEN


Robert Frost

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I could
To where it bent in the undergrowth
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I -
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

sábado, 8 de maio de 2010

"Todas as pesssoas querem ensinar-nos coisas sobre o amor, mas de nada adianta. O amor é sempre uma questão pessoal com inflexões extraordinárias; uma palavra lassa e uma palavra polvo."


Em: http://last-tapes.blogspot.com/2004_10_31_archive.html

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pra você guardei o amor...
Nando Reis e Ana Cañas
Pra você guardei o amor



Que nunca soube dar


O amor que tive e vi sem me deixar


Sentir sem conseguir provar


Sem entregar


E repartir



Pra você guardei o amor


Que sempre quis mostrar


O amor que vive em mim vem visitar


Sorrir, vem colorir solar


Vem esquentar


E permitir



Quem acolher o que ele tem e traz


Quem entender o que ele diz


No giz do gesto o jeito pronto


Do piscar dos cílios


Que o convite do silêncio


Exibe em cada olhar



Guardei


Sem ter porque


Nem por razão


Ou coisa outra qualquer


Além de não saber como fazer


Pra ter um jeito meu de me mostrar



Achei


Vendo em você


E explicação


Nenhuma isso requer


Se o coração bater forte e arder


No fogo o gelo vai queimar



Pra você guardei o amor


Que aprendi vendo meus pais


O amor que tive e recebi


E hoje posso dar livre e feliz


Céu cheiro e ar na cor que arco-íris


Risca ao levitar



Vou nascer de novo

Lápis, edifício, tevere, ponte

Desenhar no seu quadril

Meus lábios beijam signos feito sinos

Trilho a infância, terço o berço

Do seu lar

 

quarta-feira, 17 de março de 2010


Escolhi a sombra desta árvore para


repousar do muito que farei,

enquanto esperarei por ti.

Quem espera na pura espera

vive um tempo de espera vã.

Por isto, enquanto te espero

trabalharei os campos e

conversarei com os homens

Suarei meu corpo, que o sol queimará;

minhas mãos ficarão calejadas;

meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;

meus ouvidos ouvirão mais,

meus olhos verão o que antes não viam,

enquanto esperarei por ti.

Não te esperarei na pura espera

porque o meu tempo de espera é um

tempo de quefazer.

Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:

em voz baixa e precavidos:

É perigoso agir

É perigoso falar

É perigoso andar

É perigoso, esperar, na forma em que esperas,

porquê êsses recusam a alegria de tua chegada.

Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,

com palavras fáceis, que já chegaste,

porque êsses, ao anunciar-te ingênuamente ,

antes te denunciam.

Estarei preparando a tua chegada

como o jardineiro prepara o jardim

para a rosa que se abrirá na primavera.



Paulo Freire

domingo, 7 de março de 2010

JANELA -Adélia Prado





Janela, palavra linda.

Janela é o bater das asas da borboleta amarela.

Abre pra fora as duas folhas de madeira à-toa pintada,

janela jeca, de azul.

Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,

meu pé esbarra no chão.

Janela sobre o mundo aberta, por onde vi

o casamento da Anita esperando neném, a mãe

do Pedro Cisterna urinando na chuva, por onde vi

meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai:

minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis.

Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão,

clarabóia na minha alma,

olho no meu coração.
Ato Médico: conscientização para médicos e não médicos.


"Sobre as vaidades e frustrações



Ângelo Roncalli M. Rocha - fisioterapeuta






Ao ler a reportagem, postada no site www.atomedico.org.br, sob o título "Os médicos e o Dr. Campos da Paz", de autoria do médico José Hiran da Silva Gallo, na qual autor não poupa críticas ao colega, o Dr. Aloysio Campos da Paz Júnior, cirurgião chefe da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, simplesmente pelo fato deste haver contestado o PLS 025/2002, percebi que vaidades pessoais ou profissionais transcendem o limite da racionalidade.


Como um verdadeiro "trator", esse sentimento destruidor atropela qualquer relação saudável, ética, além de submeter o nosso foco principal, o paciente, a uma condição de mero espectador, sem nada poder fazer ante o combate que, embora não tenha sido por ele elaborado, lhe trará sérias conseqüências futuras. Essa é uma guerra sem vencidos nem vencedores, na qual todos perdem: perde a saúde, perde a dignidade profissional, perde o respeito mútuo, perde a tão propalada "interdisciplinaridade". Quem convive na área de saúde sabe que o projeto de Lei do Ato Médico caiu como um bomba atômica, que derrubou por vez uma frágil relação do médico com outros profissionais. O que já era difícil, ficou quase impossível. Paira no ar uma hostilidade que revela-se de forma sorrateira e às vezes até explícita..."






In http://www.naoaoatomedico.org.br/paginterna/para_refletir04.cfm



Psiquiatra não tem formação para exercer o trabalho de um psicologo, e a recíproca é verdadeira! O saber psicologico é produzido pela psicologia, não pela psiquiatria(que constrói seu proprio saber). Não há identidade, nem tampouco deveria haver "concorrência"...



No entanto, há algo mais que também deve ser prioridade na tal "luta contra a lei do ato medico": a responsabilidade DE TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE em construir um espaço dialógico para a promoção da integralidade na assitência.





Seria muito bom que as ações de enfrentamento do PL 7703/2006 não se resumam a uma disputa vazia que se encerra na "derrota" de um grupo.



Todos perdem pela implementação do PL, em detrimento da integralidade na assitencia; Todos perdem pela não existencia de uma lei que defina a prática especificamente medica.



Lembremos de que nosso compromisso é com o cuidado dos sujeitos! Façamos jus a este compromisso. Construamos espaços de diálogo para a promoção da integralidade que defendemos!



Atenciosamente,



--

@-,-`-- Sicília M. M. de Araújo

sexta-feira, 5 de março de 2010

Não é so o amor...


Goste de alguém que te ame,


Alguém que te espere,

Alguém que te compreenda mesmo

nos momentos de loucura;

De alguém que te ajude,

Que te guie,

Que seja seu apoio,

Tua esperança, teu tudo.





Goste de alguém que te ame.

Não goste apenas do amor.







[Luis Fernando Veríssimo]

quinta-feira, 4 de março de 2010

Respiração



Ansiedade e respiração - Regiane Cristina Rocha




Ansiedade e respiração



“A respiração e a mente andam juntas”

Swami Karunananda



A ansiedade , na maioria das vezes, é causada por 2 emoções: a raiva e a tristeza. As pessoas ficam ansiosas por não se sentirem capazes de controlar a raiva ou então, não saberem lidar com as situações que as deixam tristes.



Por trás dessas emoções temos como pano de fundo , o medo, principal sintoma da ansiedade. O medo advém dessa crença na inabilidade de resolver os problemas que nos deixam tristes ou com raiva.



O primeiro ataque da ansiedade é inibir nossa respiração natural. O diafragma endurece e não conseguimos encher nossos pulmões de ar plenamente. Quando não temos oxigênio suficiente, o cérebro entende que isso é um sinal de perigo, o que perpetua o estado de ansiedade.



Portanto, utilizar o controle da respiração no tratamento da ansiedade é praticamente intuitivo, sendo útil tanto em situações nas quais o indivíduo já se encontra em estado de ansiedade crônica, como em situações preventivas onde a técnica busca impedir que se desenvolva um quadro de ansiedade mais grave.



O controle da respiração (pranayama) é um recurso que pode interromper o padrão respiratório desse estado de alerta.

Os estudos mostram que a respiração diafragmática reduz com eficácia a ansiedade funcionando quase como um antidepressivo, evidentemente dentro de uma diciplina de prática do Yoga e acompanhamento de um professor ou mestre.



Os distúrbios de respiração podem recriar ou perpetuar estados de ansiedade causando a ansiedade crônica, pânico e reações de medo intensas.



A quebra dos padrões de respiração que facilitam crises de ansiedade através dos pranayamas é uma chave para bons resultados nesse tratamento.





A arte de não adoecer. -Drauzio Varela






Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos". Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a magoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer.



Então vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia. Se não quiser adoecer - "Tome decisão". A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.



Se não quiser adoecer - "Busque soluções". Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.



Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências". Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre sar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso ... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.



Se não quiser adoecer - "Aceite-se". A rejeição de si próprio, a ausencia de auto-estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.



Se não quiser adoecer - "Confie". Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.



Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste". O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor".



Alegria é saúde e terapia !!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


O roqueiro inglês David Bowie respondeu a um jornalista que lhe perguntou sobre como se sentia por fazer tanto sucesso: "Quem realmente curte o sucesso são os fãs. Para nós o mais excitante é o trabalho". Leia, se puder, o livro O segredo dos Campeões do meu amigo Roberto Shiniashyki.


O ponto de partida é o momento em que acordamos pela manhã. Seja em vendas ou em qualquer profissão que exija resultados, para poder ter é preciso ser, só assim estará pronto para fazer... O sucesso é a resposta! Este sucesso está interligado a sua atitude.

Quantas vezes iniciamos nosso dia e nos esquecemos deste detalhe importante! Quantas vezes começamos influenciados pelo ontem que não foi aquilo que desejamos? O grande segredo é começar cada dia, cada manhã, olhando no espelho e dizendo: "Bom-dia, mundo!".

Viver é um show imperdível... BOM-DIA MUNDO!

Dissimular sucesso de trabalho é um perigo. Muitos jovens querem ser médicos porque consideram que essa profissão lhes trará glamour, sucesso, dinheiro... Na prática vai sobrar trabalho pra valer, acordar no meio da noite para atender alguém, sair no meio da festa do filho para atender uma emergência...

E a medicina socializou, não há mais aquele dinheiro abundante de outrora. Todos os que se destacam em suas profissões, sejam músicos brilhantes, professores, advogados, médicos, administradores, enfim todos mesmo... São aqueles que ensaiam, treinam, estudam muito, superam.

O desejo de aprender move o mundo, deve ser algo prazeroso e que nos dá a oportunidade de construir um mundo diferente e melhor. Quando o trabalho é um prazer, a vida é uma alegria... Quando o trabalho é um dever, a vida é uma escravidão. Viver não dói... O que dói é a vida que não se vive!

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!!!!!!!!!

Gilclér Regina- Consultor de vendas

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O medo
Organizador da morte/organizador da vida.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente como os homens. A elas era dado o direito de escolherem seus parceiros e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casas e mães. A primeira lição era:


Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou: Amor, companheirismo e amizade. Jamais permita que algum homem a escravize. Você nasceu livre para amar, e não para ser escrava. Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por que sofrer? Jamais permita que seus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca fará você sorrir! Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. Saiba que o corpo é a moradia do espírito, por que mantê-lo aprisionado?

Jamais se permita ficar horas esperando por alguém que nunca virá, mesmo tendo prometido! Jamais permita que o seu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome você sequer sabe! Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você! Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos.

O Amor é o único que pode falar mais alto!

Jamais permita que paixões desenfreadas transportem você de um mundo real para outro que nunca existiu!

Jamais permita que os outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo! Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente! Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai!

Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida! Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la! Jamais permita que seus pés caminhem em direção a um homem que só vive fugindo de você! Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos seus olhos, a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de você!

E, sobretudo, jamais permita

que você mesma perca a dignidade de ser "Mulher".



[ Conan MacRight]...

Fonte: http://metamorfosesdaalma.blogspot.com/

“A felicidade e como uma borboleta voando. Quanto mais você a persegue, mais ela lhe escapa. Mas se você voltar sua atenção para outras coisas, ela vem e suavemente pousa no seu ombro”


Prof. Laucinélio Gomes de Resende.....

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O que é progresso?





    A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento. A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício.








A adoção formal por parte da ONU do conceito de desenvolvimento sustentável parte da criação em 1972 da Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED) que em 1987 publicou um relatório intitulado "Nosso futuro comum", também conhecido como o relatório Brundtland. Esse relatório indicou a pobreza nos países do sul e o consumismo extremo dos países do norte como as causas fundamentais da insustentabilidade do desenvolvimento e das crises ambientais. O desenvolvimento da Agenda 21 começou em 23 de dezembro de 1989 com a aprovação em assembléia extraordinária das Nações Unidas uma conferência sobre o meio ambiente e o desenvolvimento como fora recomendado pelo relatório Brundtland e culminou com a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92.


A Agenda 21 teve um estreito acompanhamento a partir do qual foram feitos ajustes e revisões. Primeiro, com a conferência Rio+5, entre os dias 23 e 27 de junho de 1997 na sede da ONU, em Nova Iorque; posteriormente com a adoção de uma agenda complementária denominada metas do desenvolvimento do milênio (Millenium development goals), com ênfase particular nas políticas de globalização e na erradicação da pobreza e da fome, adotadas por 199 países na 55ª Assembléia da ONU, que ocorreu em Nova Iorque entre os dias 6 e 8 de setembro de 2000; e a mais recente, a Cúpula de Johannesburgo, na cidade sul-africana entre 26 de agosto a 4 de setembro de 2002.


Este termo, contou com a assinatura de 179 países.






A AGENDA 21 ÉUMA AGENDA COM METAS ASEREM ATINGIDAS.


A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.






Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções:


1. Preámbulo


Seção I. Dimensões sociais e econômicas


2. Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento de das políticas internas conexas


3. Luta contra a pobreza


4. Evolução das modalidades de consumo


5. Dinâmica demográfica e sustentabilidade


6. Proteção e fomento da saúde humana


7. Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos


8. Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de decisões


Seção II . Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento


9. Proteção da atmosfera


10. Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das terras


11. Luta contra o desmatamento


12. Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a seca


13. Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das zonas montanhosas


14. Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável


15. Conservação da diversidade biológica


16. Gestão ecologicamente racional da biotecnologia


17. Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluídos os mares fechados e semi-fechados e as zonas costeiras, e o uso racional e o desenvolvimento de seus recursos vivos


18. Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios integrados para o aproveitamento, ordenação e uso dos recursos de água doce


19. Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de produtos tóxicos e perigosos


20. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de rejeitos perigosos


21. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões relacionadas com as matérias fecais


22. Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos


Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais


23. Preâmbulo


24. Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento sustentável e equitativo


25. A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável


26. Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e suas comunidades


27. Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais associadas na busca de um desenvolvimento sustentável


28. Iniciativas das autoridades locais em apoio ao Programa 21


29. Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos


30. Fortalecimento do papel do comércio e da indústria


31. A comunidade científica e tecnológica


32. Fortalecimento do papel dos agricultores


Seção IV. Meios de execução'''''''''''''''''''''''''''


33. Recursos e mecanismos de financiamento


34. Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e aumento da capacidade


35. A ciência para o desenvolvimento sustentável


36. Fomento da educação, a capacitação e a conscientização


37. Mecanismos nacionais e cooperação internacional para aumentar a capacidade nacional nos países em desenvolvimento


38. Acordos institucionais internacionais


39. Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais


40. Informação para a adoção de decisões


......................................................................


Fonte:
http://www.ecolnews.com.br/agenda21/index.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agenda_21

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010



Quando eu fui ferido


Vi tudo mudar

Das verdades

Que eu sabia...

Só sobraram restos

Que eu não esqueci

Toda aquela paz

Que eu tinha...

Eu que tinha tudo

Hoje estou mudo

Estou mudado

À meia-noite, à meia luz

Pensando!

Daria tudo, por um modo

De esquecer...

Eu queria tanto

Estar no escuro do meu quarto

À meia-noite, à meia luz

Sonhando!

Daria tudo, por meu mundo

E nada mais...

Não estou bem certo

Que ainda vou sorrir

Sem um travo de amargura...

Como ser mais livre

Como ser capaz

De enxergar um novo dia...

Eu que tinha tudo

Hoje estou mudo

Estou mudado

À meia-noite, à meia luz

Pensando!

Daria tudo, por um modo

De esquecer...

Eu queria tanto

Estar no escuro do meu quarto

À meia-noite, à meia luz

Sonhando!

Daria tudo, por meu mundo

E nada mais...................

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


'Coloco ordem nas coisas e nunca abandono minha tarefa, pois sempre há alguém em algum lugar que pode ajudar-me.' ...

domingo, 24 de janeiro de 2010


"...Respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver."Clarice Lispector

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010



Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.



E então, pude relaxar.


Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.


Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.


Hoje sei que isso é…Autenticidade.


Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.


Hoje chamo isso de… Amadurecimento.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.


Hoje sei que o nome disso é… Respeito.


Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.


Hoje sei que se chama… Amor-próprio.


Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.


Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.


Hoje sei que isso é… Simplicidade.


Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.


Hoje descobri a… Humildade.


Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.


Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.


Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.


Tudo isso é… Saber viver!!!.................


Charlie Chaplin

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010



Voce não pode melhorar a si mesmo. Não estou dizendo que não é possivel melhorar, apenas que voce não pode melhorar a si mesmo. Quando voce pára de se melhorar, a vida melhora voce. Nesse relaxamento, nessa aceitação, a vida começa a fluir por voce.
Ninguém jamais foi como voce, e ninguém jamais será como voce. Voce é simplesmente único, incomparável. Aceite isso, ame isso, celebre isso- e dentro desta celebração voce começa a ver a singularidade dos outros, a incomparável beleza dos outros. O amor só é possível quando há uma aceitação profunda de si mesmo, do outro, do mundo. A aceitação cria um meio em que o amor cresce, é o solo em que o amor floresce. OSHO

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Ser um pouco má faz muito bem à saúde. Ah, se todas as pessoas que sofressem de depressão soubessem, no coração, dessa grande verdade...Eu mesma preciso muito aprender essa lição.


"Eu tenho apenas dois braços

E todo o sentimento do mundo."

Drummond

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010




Estamos a viver um ressurgimento do interesse pelo vegetarianismo como nunca antes no passado. Mas contrariamente a outras épocas, em que os defensores da alimentação vegetariana eram homens maduros, com experiência no âmbito da filosofia ou da ciência, hoje são os jovens que, com mais entusiasmo, procuram um estilo de vida mais simples e natural.A seguir exporemos os motivos por que uma pessoa pode decidir ser vegetariana.


Motivos de saúde

Até à década de setenta, os especialistas em nutrição estavam mais preocupados em cobrir as carências alimentares e em conseguir que se consumissem calorias suficientes, do que com a qualidade dos alimentos. Foi na primeira metade do nosso século que surgiu e se afirmou o "mito" das proteínas: Tinham de se consumir proteínas suficientes (mais do que as realmente necessárias), e a melhor forma para isso era recorrer aos produtos cárneos.Mas nos últimos anos, os investigadores e especialistas em nutrição provaram que é mais importante a qualidade dos alimentos, do que a quantidade; que as necessidades de proteínas são menores do que se pensava; e que o problema da nutrição dos países desenvolvidos é precisamente o excessivo consumo de alimentos de origem animal, de gordura e de açúcar, e a falta de produtos vegetais (fruta, cereais e hortaliças).

A Associação Dietética Norte-Americana, reconhecida pela sensatez das suas declarações, emitiu, já em 1980, a seguinte opinião: "cada vez há mais evidências científicas que apoiam uma relação positiva entre a alimentação à base de vegetais e a prevenção de certas doenças crónicas degenerativas, como a obesidade, as doenças coronárias, a hipertensão arterial, a diabetes, o cancro do cólon e outras"1

Doenças cardiovasculares

No interessante relatório publicado recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Dieta, nutrição e prevenção de doenças crónicas, há uma secção dedicada às doenças cardiovasculares, em que um grupo internacional de especialistas recorrem às últimas investigações relacionadas com as vantagens da alimentação à base de vegetais. Um dos seus parágrafos diz: «Os subgrupos da população que consomem dietas ricas em alimentos de origem vegetal apresentam taxas mais baixas de cardiopatia coronária que a população em geral.»2 Na prestigiosa revista médica Lancet veio publicado recentemente um estudo segundo o qual em 82% dos doentes de aterosclerose que seguiram uma alimentação vegetariana baixa em gorduras, além de se absterem de tabaco e de praticarem exercício físico, verificou-se uma diminuição dos depósitos de colesterol que estreitam o calibre das artérias e dificultam a passagem do sangue.3

O colesterol

A alimentação vegetariana estrita não contém colesterol, já que esta substância só se encontra nos alimentos de origem animal. Nenhuma fruta, cereal ou hortaliça contém colesterol. O organismo é capaz de produzir o colesterol de que necessita, a partir dos ácidos gordos da alimentação. Mas quando, além disso, se ingerem quantidades significativas de colesterol com os alimentos, o seu nível no sangue aumenta perigosamente.Os vegetarianos têm um menor nível de colesterol no sangue, o que os protege contra a formação de aterosclerose, enfarte de miocárdio, tromboses cerebrais e outras afecções cardiocirculatórias.Na Austrália realizou-se um estudo com o objectivo de comprovar a acção da alimentação sobre o nível do colesterol. A um grupo de pessoas deu-se a comer, entre outras coisas, 250 gramas de carne magra por dia, enquanto a outro grupo se deu a mesma alimentação, apenas substituindo a carne por proteínas de glúten e de soja. Depois de seis semanas, os vegetarianos conseguiram baixar o seu nível de colesterol duas vezes mais do que o grupo que seguiu a dieta de carne magra.4

O cancro

Uma alimentação vegetariana protege contra o cancro, por várias razões:É rica em substâncias protectoras contra o cancro, que só se encontram nos alimentos vegetais: caroteno ou provitamina A (na cenoura, pimento e outras hortaliças coloridas), enzimas que inactivam o cancerígeno benzopireno (nas couves e na alface),5 inibidores das proteases (nas leguminosas) e antioxidantes (vitamina C). Contêm fibra vegetal em abundância, cuja falta aumenta o risco de cancro de cólon. A carne não contém nada de fibra vegetal (celulose). A fibra absorve e arrasta as substâncias cancerígenas que possa haver no intestino e faz o mesmo com o colesterol e com os sais biliares.6 Normalmente os vegetarianos consomem muito menos gordura que os não vegetarianos. Além disso, as gorduras vegetais geralmente contêm ácidos gordos mono ou polinsaturados, de acção protectora contra o cancro e benéficos para a saúde. Está demonstrado que quanto mais aumenta o consumo de gordura animal, maior é a mortalidade por cancro da mama.7 A alimentação à base de vegetais está isenta das substâncias cancerígenas que se encontram na carne, como o benzopireno, o metilcolantreno, os nitritos e as hormonas para engorda do gado.

A obesidade

A maior parte dos estudos feitos demonstram que em média os que se alimentam à base de vegetais pesam entre 4 a 10 quilos menos do que os que consomem carne habitualmente.8, 9, 10 Segundo o relatório de um grupo de especialistas da OMS,11 cada vez há mais provas que demonstram que o excesso de gordura na alimentação favorece o aumento de peso. Quanto maior é a proporção de calorias da alimentação que procedam das gorduras, tanto maior é o risco de obesidade.Estes achados estatísticos e experimentais, publicados no relatório da OMS, comprovam que os vegetarianos ingerem uma menor quantidade de gorduras, tanto em termos absolutos (gramas de gordura diários) como relativos.

A tensão arterial

Segundo refere esse relatório de especialistas da OMS, «os estudos epidemiológicos indicam sistematicamente que a pressão arterial entre os vegetarianos é mais baixa que entre os não vegetarianos (...) Se bem que não seja fácil determinar a causa precisa destes resultados, esses estudos assinalam que algum componente dos produtos de origem animal, possivelmente as proteínas ou as gorduras, pode influir na pressão arterial nas populações bem alimentadas.»12 O dito relatório recomenda, como forma de evitar tanto a hipertensão como a obesidade, seguir uma alimentação baixa em gorduras e com um conteúdo elevado em hidratos de carbono complexos (por exemplo: cereais integrais), reduzir ao mínimo a ingestão de álcool e reduzir o consumo de sal.

Diabetes

Quem não come carne tem um risco menor de sofrer de diabetes. E mais, há estudos que sugerem que o consumo habitual e abundante de carne poderia estar relacionado com a causa da diabetes. Por isso, havia que rever todas as dietas para diabéticos, nas quais costuma estar sempre presente o típico bife grelhado. Poderia muito bem estar a acontecer que se recomendasse aos diabéticos que co-messem justamente aquilo que lhes causa ou agrava a sua doença.

A osteoporose

As mulheres ovo-lacteo-vegetarianas sofrem com menor frequência de osteoporose do que as que comem carne habitualmente.13 A osteoporose converteu-se, ultimamente, numa das doenças que mais preocupam as mulheres depois da menopausa. Consiste numa perda de massa e de consistência óssea, que as torna mais susceptíveis a fracturas e deformações. Os investigadores ainda não descobriram porque é que as mulheres que seguem uma alimentação ovo-lacteo-vegetariana sofrem menos de osteoporose do que as que comem carne, pois em ambas as dietas o consumo de cálcio é similar. Mas pensa-se que, devido a um mecanismo ainda pouco conhecido, o consumo elevado de proteínas na alimentação à base de carne faz com que o organismo elimine mais cálcio com a urina.14

A resistência física

É um facto conhecido que a resistência física dos atletas vegetarianos à fadiga é superior à dos que têm uma alimentação cárnea. Os que comem muita carne têm mais "força de arranque" para conseguir um esforço máximo num curto espaço de tempo; mas cansam-se primeiro. Este é o caso dos levantadores de pesos, que geralmente têm uma alimentação hiperproteíca, com muita carne: São capazes de desenvolver uma força extraordinária num dado momento, mas carecem de resistência.Investigadores suecos realizaram uma prova de resistência com atletas bem treinados, fazendo-os pedalar uma bicicleta estática. Depois de seguirem durante três dias uma dieta rica em produtos animais, com muitas proteínas e gorduras, conseguiram um tempo máximo a pedalar, sem parar, de 57 minutos (tempo médio). Durante os três dias seguintes alimentaram--se com uma dieta mista (carne, ovos, leite, batatas, verduras e fruta), e a média do seu tempo subiu para os 114 minutos. Mas depois de seguirem uma dieta vegetariana, rica em cereais integrais e frutos secos, bem como fruta, legumes e outras hortaliças, conseguiram uma média de 167 minutos a pedalar sem se deterem.15

Motivos éticos





Há pessoas que se convenceram que devem alimentar-se à base de vegetais (fruta, cereais, verduras e hortaliças), por razões éticas. Evi- dentemente que estas não se podem medir nem analisar por critérios científicos e cada um é livre de as assumir ou não. Neste campo, todos devemos exercer uma grande dose de tolerância – de que a humanidade está tão necessitada actualmente –, respeitando as opiniões e crenças dos outros.

O respeito pela vida

O respeito pela vida dos animais, como razão para não comer carne, é uma ideia muito antiga. As religiões orientais, como o budismo, mostram uma grande bondade e compaixão pelos animais, embora haja quem o relacione mais com a doutrina da reencarnação das almas (qualquer animal pode estar habitado por uma alma humana), do que com um respeito pelo animal em si mesmo. Em qualquer caso, o certo é que são muitos os povos do Oriente que há muito evitam matar os animais para se alimentarem. Também na Grécia e Roma clássicas se desenvolveu esta ideia: Pitágoras, Porfírio e Ovídio, entre outros, pensavam que matar os animais para comer, contamina e brutaliza o espírito humano. «Quando poreis fim a essas execráveis matanças?», perguntava o filósofo grego Empédocles, no século V a.C.16 Ao longo da história foram muitos os artistas, filósofos e cientistas que partilharam estes sentimentos para com os animais. Leonardo da Vinci, Gandhi, Edison, Bernard Shaw, Rabindranath Tagore e Tolstoi eram vegetarianos.17 Basta ver como se afeiçoa uma criança a um galito ou a qualquer animal doméstico, para nos darmos conta de que o sacrifício de um animal para o comermos é algo contrário à natureza humana.

Criados para sofrer

Mas não só o facto de se matarem os animais suscitou advertências morais em diversos povos e pessoas. A forma cruel e sem consideração em que a miúdo são criados, transportados e sacrificados, desperta o repúdio de muitos. A revista profissional El Medico dizia num artigo dedicado às modernas técnicas de produção animal: «A vida numa empresa de criação é a seguinte: as vitelas recém-nascidas são separadas da mãe. São alimentadas com leite desnatado e passam os poucos meses da sua vida, sem movimento, em estábulos a uma temperatura de 37 graus centígrados. Desta maneira, bebem mais do que o faria um animal normal, (...) e, além disso, comem um puré de proteínas que desenvolve mais rapidamente a apreciada carne branca. O objectivo da sua existência – o matadouro – é alcançado quando estão cheias de antibióticos como medida preventiva, de bloqueadores beta contra o risco permanente de enfarte e de sedativos contra o stress.»18

O respeito pela própria vida

Os motivos éticos para a abstenção da carne também se podem apresentar sob outro aspecto, para além do respeito pelos animais: o do respeito pelo próprio corpo da pessoa. Hoje são muitos, em todo o mundo, os que, tanto com base religiosa como sem ela, aplicam esses mesmos princípios éticos de vida saudável e de respeito pelo seu próprio corpo.

Motivos ecológicos e económicos

A criação de animais para serem utilizados como alimento, é um luxo, um autêntico esbanjamento em termos económicos. Se as grandes quantidades de cereais e leguminosas que se usam como rações, bem como de terreno e água, que se usam para engordar os animais de quinta, fossem utilizados para consumo humano, poder-se-ia acabar facilmente com a fome no mundo. Por cada 5000 calorias em forma de milho (1,4 quilos) que se investem dando de comer a uma vaca, só se recuperam 200 calorias em forma de carne (130 gramas). Com 1,4 quilos de milho podia alimentar-se um habitante do terceiro mundo durante vários dias, mas 130 gramas de carne apenas dão para um único bife à mesa de um ocidental. A produção de carne requer investir grandes quantidades de grão, só para poder alimentar o gado.Se se plantarem 100 metros quadrados de soja, obter-se-ão uns 5 quilos de proteína, com os que se poderiam cobrir as necessidades proteicas de 70 pessoas durante um dia. Mas se esses 5 quilos de proteínas forem empregues para alimentar o gado, obter--se-á unicamente meio quilo de carne bovina, com o que se poderá cobrir escassamente as necessidades proteicas diárias de apenas 2 pessoas.

Solidariedade contra a fome

Há cidadãos sensíveis aos desequilíbrios nutricionais dos habitantes do nosso planeta, que encontram nestes dados uma razão importante para deixar de consumir alimentos animais. Os países pobres da terra vêem-se obrigados a vender aos ricos, para estes alimentarem o gado, o grão e a soja de que, na realidade, necessitam para dar de comer aos seus próprios habitantes. A solidariedade, a que tanto se recorre para combater a fome no mundo, poderia ser posta em prática simplesmente destinando à alimentação humana os milhares de toneladas de cereais e de soja que se empregam para fabricar rações para o gado. Isto requereria que os habitantes dos países ricos reduzissem o seu consumo de carne (o que, além disso, melhoraria a sua saúde), e aumentassem o de cereais e leguminosas. E se se prescindisse totalmente do consumo de carne, não aconteceria nenhum problema do ponto de vista nutricional, pois está mais que provado e aceite por todos os especialistas, que a carne não é um componente imprescindível da alimentação humana.Não se trata de nenhuma utopia: A qualidade nutritiva das proteínas da soja é igual ou superior à da carne; e os produtos à base de soja e cereais podem ser muito atraentes e saborosos, tal como o podemos ver nas casas especializadas em dietética.



A cesta das compras

As razões económicas também podem ser importantes a nível individual. Comparando os princípios nutritivos, a carne acaba por ser mais cara que os legumes, os cereais ou as batatas. Num estudo realizado em 1990, nos Estados Unidos, calculou-se que uma alimentação baixa em gorduras saturadas e em colesterol, com pouca carne e poucos produtos lácteos gordos (completos), ficava ao consumidor a 230 dólares anuais.19 De maneira que a alimentação vegetariana não só é mais saudável, mas também é mais barata..





Jorge D. Pamblona Roger

Médico e autor de várias obras sobre cuidados de saúde, entre as quais a enciclopédia ‘A Saúde Pelas Plantas Medicinais’ à vossa disposição nesta Publicadora.

Fonte: http://www.saudelar.com/edicoes/2000/setembro/principal.asp?send=nutricao.htm e
http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=1676&Itemid=48
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O Mundo inteiro é cheio de vida. Cada pequena vida possui valor incalculável.
"O Deus que habita em mim sauda o Deus que habita em você."