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Na era da supermedicação e da negação do sofrimento, a gente deveria sempre se lembrar que A erva cura,O aroma cura, A massagem cura, O humor cura, O amor cura, A fres cura, A brancura, E, principalmente, a lou cura!

domingo, 10 de janeiro de 2010

A LEI DO ATO MEDICO QUE REGULAMENTA AS PRATICAS MEDICAS E DEFINE O QUE É PRIVATIVO PARA ESTA PROFISSÃO ESTA EM TRAMITAÇÃO NO SENADO E ESCONDE EM SEU TEXTO UMA MANIPULAÇÃO MERCADOLOGICA DANOSA PARA A SAUDE DA POPULAÇÃO. APESAR DE GRANDE PARTE DA CLASSE MEDICA DEFENDER O TEXTO DESTA LEI ARGUMENTANDO QUE QUEM ESTÁ CONTRA A EFETIVAÇÃO DA MESMA É UM PROFISSIONAL FRUSTRADO POR NÃO TER CONSEGUIDO SER MEDICO...SALVO RARAS EXCEÇÕES DIANTE DE ARGUMENTOS TOSCOS, APRESENTO A OPINIÃO DE UM MEDICO A RESPEITO DESTE PROJETO DE LEI.

LEMBRANDO:ABSURDOS ACONTECEM E TEM SEMPRE ACONTECIDO NA HUMANIDADE, DE FORMA QUE NÃO É SIMPLESMENTE POR SER ABSURDA QUE  ESTA LEI DEIXARÁ DE SER APROVADA. JUSTIÇA SOCIAL SEMPRE FOI PRODUTO DE LUTA SOCIAL E NÃO DE CONCESSÃO. OMITIR-SE É FAZER UMA ESCOLHA PELA SUBMISSÃO DE SI E DE OUTROS.


“Na minha opinião o que se pretende “regulamentar” não é somente o que é ou não privativo do médico, no seu exercício profissional legal. Além disso, estão em jogo questões muito mais importantes, que criam ou reforçam definições que o movimento da Saúde Coletiva combate/deveria combater desde, pelo menos, os anos de 1970. E que questões são essas:


A redução do conceito de saúde a uma visão monocausal do processo saúde-doença-intervenção;

Uma legitimação da idéia de “diagnóstico nosológico” que reduz o conceito de problema de saúde encerrando-o no paradigma biomédico, que ao mesmo tempo nega a determinação social do processo saúde doença-intervenção.


Questões gravíssimas! pois não só terão consequências na redução da prática médica “legalizada” ao exercício simplório da biomedicina, como terá, caso aprovada, efeito determinante também sobre a prática de outras profissões de saúde, no sentido em que coloca não só todas as outras formas de fazer diagnóstico, como também todas as outras clínicas, como complementares subalternas do assim denominado diagnóstico nosológico.

A própria idéia de “diagnóstico” precisa ser revista. Quando se considera o sofrimento humano ou o problema de saúde de maneira multicausal, ou melhor ainda como uma multiplicidade variante coletiva e singular ao mesmo tempo, pensar que um “diagnóstico” referido a “uma doença que explique os sintomas” é um verdadeiro atraso.


Enquanto o mundo todo tende a um movimento de diluição das especificidades nucleares e disciplinares das profissões, em prol de práticas mais integradas e potentes para resolver “problemas de saúde” e produzir saúde e autonomia. A FACE CONTEMPORÂNEA DO CONORELISMO NO MOVIMENTO MÉDICO BRASILEIRO, aproveita-se da desilusão coletiva que os médicos vivem hoje ao acordarem para uma realidade que não permite mais uma prática liberal pura e investe mais ilusões de poder nessa massa para tentar resguardar-se vitalícia no poder real de tirar vantagem da expropriação dos direitos e da saúde de muitos.

Não podemos nos calar diante dessas questões!”
-Gustavo Nunes de Oliveira
http://redehumanizasus.net/node/8516

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